Boeing 7E7 Dreamliner – O novo conceito da Boeing

13 12 2010
Boeing 7E7 Dreamliner

Boeing 7E7 Dreamliner

A Boeing lança sua mais nova empreitada comercial dos últimos 13 anos em conceitos e desenvolvimento de aeronaves: é o novo Boeing 7E7 ( Seven Echo Seven ) Dreamliner, que teve seu nome escolhido por internautas de todo o mundo.
     Mas não podemos esquecer dos últimos fracassos da Boeing nos últimos anos. Se não fosse pelo excelente motor da General Eletric, CFM-56, a produção do Boeing 737 teria sido concluída há muitos anos atrás. Se nos dias de hoje, o capital da Boeing foi feito encima do Boeing 747, o Boeing 737 é o seu cálice dourado. Essa é a fama da Boeing, a de construir aeronaves excelentes, mas para isso, é necessário um longo caminho de pesquisas e tropeços.
     A Boeing planejou construir o 707 com cinco poltronas centrais, como no Convair 880 e 990. As empresas aéreas compradoras disseram não, obrigado. Eles quiseram colocar duas fuselagens do 707 juntas para construir o 747. Não, obrigado. A McDonnell Douglas construiu o MD-80 com um cone de cauda achatado; a Boeing disse que essa medida não iria auxiliar em nada. Mas quando a Boeing viu os números de performance e economia, achatou os cones da cauda do 777.
    Quando a Airbus instalou winglets no A320, a Boeing disse que não se precisaria de winglets nesse tipo de aeronave de pequeno porte. Hoje em dia as winglets são vistas nos 737, e a Boeing é parte de uma indústria cooperativa de construção de winglets . A Boeing comentava que um nariz pontudo não era bem visto em aeronaves de velocidades superiores a MACH 0.82, hoje em dia nós vemos o 7E7.
    Aumentar a fuselagem do 747 com 35 anos de projeto. Não obrigado. E o que você me diz do Sonic Cruiser que pode ir de ponto a ponto mais rápido, porém tendo um custo operacional médio? Não obrigado; os passageiros querem mesmo é assentos baratos.

Design inovador das asas e fuselagem larga.

Design inovador das asas e fuselagem larga.

Mesmo com a ênfase na procura de novos materiais, designs e relações com os mais diversos fabricantes de sistemas integrados, na proposta de desenvolvimento do Boeing 7E7 Dreamliner a Boeing procura manter seus padrões na construção de aeronaves da família de longo alcance bimotora.
    A primeira aeronave a entrar em serviço em 2008 terá um alcance nominal de 6.600 NM e uma capacidade para 200 passageiros. Depois de dois anos, uma versão alongada da aeronave entrará no mercado, com um alcance nominal de 8.000 NM, e uma capacidade para 250 passageiros. Um motivo para a versão alongada ter mais passageiros é que um vôo de longo alcance com menos de 200 passageiros não traria lucros significativos para a operadora, ou seja, não seria viável.
    Os requisitos dos motores estão levando em conta a versão alongada do 7E7, ou seja, a versão básica terá os mesmos motores da versão alongada. A GE está muito na frente na briga entre os construtores de motores. Gozando das inovações de tecnologia apresentadas em seus motores GE-90 e GE-115 (que equipam os Boeing 777-200-300 e 777-200LR, 777-300ER respectivamente), a empresa é dada como certa para a contratada no suplemento de motores para o Dreamliner. Tudo isso graças à inovação econômica de construção de estatores com incidência variável, que garantem maior confiabilidade aos motores na medida que diminuem a probabilidade de Stall de compressor, além de menor consumo para uma mesma quantidade de empuxo fornecido para quaisquer momentos do vôo em relação as concorrentes Rolls-Royce Trent 895 e Pratt & Whitney 4090.
    O Boeing 7E7 Dreamliner vai ser a mais nova aeronave comercial desde o 777, que teve seu projeto iniciado em 1990, e entrou em serviço cinco anos depois. Os diretores do projeto definem o 7E7 como a melhor opção para a demanda do mercado.
A aeronave inicial terá um MTOW (Maximum Take-Off Weight) de aproximadamente 400.000 – 410.000 lbs (quase a mesma de um Boeing 767-300ER) com fuselagem de aproximadamente 182 pés (55,3 m) e envergadura de 186 pés (56,5 m). A aeronave terá um corredor duplo e sua fuselagem terá 14 polegadas a mais de largura do que a do atual Boeing 777. A versão alongada terá a mesma wingspan, porém terá mais 20 ft aumentados no comprimento da fuselagem. Terá capacidade para 250 passageiros, com um alcance de 8.000 NM, e um peso máximo de decolagem de aproximadamente 480.000 – 500.000 lbs.

Mesmo considerando a aeronave básica, de alcance nominal de 6.600 NM, o chefe do projeto Mark Bair afirma que essa distância (Comparada a New York – Hong Kong) pode apenas ser alcançada com Boeings 747-400 com muito combustível.
    Sem dúvida nenhuma a maneira pela qual a Boeing aumentará significativamente o alcance de um avião relativamente pequeno comparado ao 747-400 continua sendo uma incógnita. A velocidade de cruseiro da aeronave será de MACH 0.85, e a máxima será de aproximadamente MACH 0.95.

Mesmo não expeculando sobre a forma geral e final do Dreamliner, Mark Bair afirma que o 7E7 será um ícone na aviação mundial, assim como o 747 foi nas últimas décadas. As fotos mostram uma aeronave com asas enflechadas, estabilizador vertical enflechado, blended winglets e um nariz muito pontudo, fazendo com que o avião se pareça mais com um jato executivo do que com um jato comercial para passageiros.

Novo entretenimento. Audio digital e internet integrados.

Novo entretenimento. Audio digital e internet integrados.

O primeiro turno de testes em túneis de vento foi concluído em Junho de 2003, principalmente para testar o design das asas em altas velocidades. Quatro novos conceitos foram testados, e os dados ainda estão sendo analisados.
Os testes nos túneis de vento são uma ferramenta primária na confirmação de simulações de comportamentos de fluídos em softwares de controle aerodinâmico, pois são cruciais para definir a eficiência da aeronave em uma escala não muito pequena. Os testes em túneis de vento estão programados até a metade de 2006.
     O 7E7 terá um consumo de combustível 20% menor do que qualquer outra aeronave de sua categoria. Os diretores da Airbus não estão economizando esforços para gorar o mais novo projeto da Boeing, com argumentos severos colocando o Airbus A330-300 na frente da nova aeronave em quase todos os aspectos.

Mesmo sendo desmotivada por comentários agressivos por parte de algumas companhia européias e pela fabricante arquirival Airbus, a Boeing confia na sua competência na construção de aeronaves de grande porte. A primeira aeronave a agregar conceitos de alta tecnologia integrados foi o Boeing 777, no começo da década de 90, e o lucro que a Boeing vem obtendo com a aeronave está sendo acima do esperado. Isso prova que o mundo e o mercado estão preparados para viajens mais seguras, aeronaves mais inteligentes e sistemas de controles baseados em vários fabricantes.
     Hoje em dia a Boeing utiliza-se de vários parceiros na jornada tecnológica a fim de apresentar o que de mais moderno se encontra no mercado. A tão criticada inserção de estações para acesso à Internet em aeronaves Boeing 747-400 da Lufthansa no começo do ano está sendo uma ducha de água fria nos pessimistas. Muito criticada pelo investimento em espaço e dinheiro, o centro integrado de acesso a Internet a bordo tem sido um sucesso, e a Boeing tem sido recompensada por isso, fechando contratos de fornecimentos do sistema com a ANA, JAL, Singapore Airlines e contratos de extensão com a Virgin Atlantic, Air France e Lufthansa.
     O 7E7 é um novo conceito. Como quase tudo, o que é diferente assusta e intriga, porém só conseguimos escalar novas montanhas usando cordas mais fortes e confiáveis. Só conseguimos voar mais alto com aeronaves mais leves e com motores mais potentes, inovadores, diferentes. O mundo aeronáutico está ansioso para receber, de braços abertos, o Dreamliner. Tomara que as operadoras também.

Fonte: http://www.asasbrasil.com.br/Reportagens/boeing7e7/index.php





Projeto Vant – 2º ensaio

13 12 2010

VANT

    Integrantes do Projeto VANT – Veiculo Aéreo Não Tripulado completaram mais uma missão, sob a coordenação do IAE – Instituto de Aeronáutica e Espaço. Trata-se da segunda campanha de ensaios em vôo do projeto (Operação Acauã 2), realizada de 13 a 21 de maio de 2008, na AFA – Academia da Força Aérea, em Pirassununga/SP.

    O Projeto VANT está sendo desenvolvido, em conjunto, pelo CTA, CTEx – Centro Tecnológico do Exército, IPqM – Instituto de Pesquisas da Marinha e empresa Avibras, parceira industrial no projeto, conforme convênio firmado com a FINEP.

    O objetivo do Projeto VANT é o domínio de tecnologias sensíveis utilizadas em veículos aéreos não tripulados, através do desenvolvimento do Sistema de Navegação e Controle (SNC). A ênfase será no emprego em missões de reconhecimento tanto militares como civis. A participação da Avibras, empresa do setor de defesa com comprovada capacitação tecnológica, facilitará uma futura fase de industrialização do sistema desenvolvido no projeto.

    O objetivo principal da Operação Acauã 2 foi a validação funcional dos sistemas implantados a bordo (computador de bordo e sensores), da estação de solo de desenvolvimento e do data-link de telemetria e telecomando.

    A aeronave utilizada como plataforma de ensaio foi o primeiro protótipo do VANT Acauã, desenvolvido pelo CTA. Nos ensaios no solo, a equipe do projeto identificou interferência eletro-magnética entre os equipamentos de bordo, que foi sanada antes do início dos ensaios em vôos.

Equipe do projeto Vant

    Foram realizados 3 vôos, com acompanhamento de um helicóptero CH-55 Esquilo do GEEV – Grupo Especial de Ensaios em Vôo, do CTA, exercendo a função de aeronave “paquera”. Estes ensaios em vôo possibilitaram comprovar o acerto nas soluções técnicas adotadas pelo Projeto VANT, como a utilização do barramento de dados CAN-Aerospace e do sistema operacional de tempo real QNX.

    Em 2007 o IAE já havia realizado a Operação Acauã 1, também na AFA, no período de 7 a 16 de agosto, com a execução de 6 vôos, com sucesso. Os ensaios em vôo do Projeto VANT têm sido realizados na AFA devido à área escolhida para os vôos ser desabitada, aumentando a segurança em caso de acidente do VANT. Outro aspecto importante é o apoio logístico prestado pela AFA.

Entenda o nascimento do projeto VANT

VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado)
VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado)

    O VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) é uma “aeronave sem piloto a bordo”, podendo constituir veículos de poucas gramas, cabendo na palma de uma mão, até aviões com mais de 35 metros de envergadura e 12 toneladas de peso máximo.
    Outras vantagens apresentadas na utilização do VANT são a eliminação do risco de acidentes com a tripulação, em casos de missões cansativas ou perigosas, e os custos de aquisição e de operação geralmente inferiores aos de aeronaves tripuladas.
   Neste ano, declarado pela ONU como Ano Internacional da Biodiversidade, o IAE colabora com o tema apresentando o Projeto VANT. No evento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília, de 18 a 24 de outubro, sob tema “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável”, a divulgação do IAE será realizada por uma maquete 190×90 cm, além de folders e banner. O objetivo será estabelecer o diálogo com os participantes, for mados por pesquisadores, estudantes, jovens, crianças e adultos, de modo a difundir o conhecimento e promover o debate relacionado ao tema e colaborar para as atividades em prol do desenvolvimento sustentável do país.

Fonte: http://www.iae.cta.br/vant.php





X3 – Helicóptero Híbrido de alta velocidade

13 12 2010
X3 - Helicóptero Híbrido de alta velocidade

X3 - Helicóptero Híbrido de alta velocidade

     A Eurocopter iniciou os ensaios em voo do demonstrador X3, pertencente a seu inovador conceito H3, Helicóptero Híbrido de alta velocidade e longo alcance, que combina excelentes capacidades de decolagem e pouso verticais com velocidades de cruzeiro superiores a 220 kt.
     O demonstrador X3 é equipado com dois motores que acionam um rotor principal de cinco pás e duas hélices instaladas dos dois lados da aeronave em asas de pequena envergadura. Isto cria um avançado sistema de transporte que oferece a rapidez de uma aeronave acionada por turbo-hélices e toda a capacidade de voo pairado de um helicóptero. O conceito é adaptado para aplicações em que os custos operacionais, a duração de voo e o sucesso da missão dependem diretamente de uma velocidade máxima de cruzeiro.
     Uma vasta gama de missões está prevista para a configuração H3, incluindo missões de busca e salvamento (SAR) a longas distâncias, operações de guarda-costeira, patrulhas nas fronteiras, transporte de passageiros e serviços de transporte entre cidades. Este helicóptero também pode ser utilizado para missões militares em operações de forças especiais, transporte de tropas, missões de busca e salvamento em combate e transporte aeromédico – beneficiand o-se das propriedades combinadas na aeronave híbrida de velocidades de cruzeiro mais altas com excelentes desempenhos de decolagem e pouso verticais.
    A inovação é o ponto central da estratégia desenvolvida pela Eurocopter para conservar sua liderança no mercado global de helicópteros e o demonstrador X3 representa um elemento chave de nosso programa de inovação, declarou Lutz Bertling, Presidente e CEO da Eurocopter.
     As equipes da Eurocopter levaram menos de três anos desde a concepção até o primeiro voo deste helicóptero híbrido, o que demonstra suas competências, capacidades e dedicação para definir o futuro das aeronaves de asas rotativas.
     O primeiro voo do demonstrador X3 ocorreu em 6 de setembro no Centro de Istres de DGA Ensaios em Voo (no sul da França) que, sob a responsabilidade do DGA (Delegação Geral de Armamento) francês, oferece um ambiente seguro e controlado. Os ensaios iniciais continuarão até dezembro com potência reduzida, ampliando progressivamente o envelope de voo até uma velocidade de aproximadamente 180 kt. Após um intervalo de aperfeiçoamento de três meses, os vôos do X3 serão retomados em março de 2011 com o objetivo de atingir velocidades de cruzeiro superiores a 220 kt.

Fonte: http://www.helibras.com.br/a-helibras_noticias-detalhe.php?id=48





Testes estáticos caseiros

13 12 2010

Compilação de alguns vídeos de testes estáticos de mini foguetes caseiros para competição.

 

 

 

 

 





NASA testa nova versão de avião hipersônico

13 12 2010
O X-51A Waverider

O X-51A Waverider fez o primeiro de uma série de quatro voos para testar um motor hipersônico. Esse novo tipo de motor é projetado para surfar em sua própria onda de choque, acelerando até seis vezes a velocidade do som.

    A Força Aérea dos Estados Unidos testou com sucesso um protótipo de avião hipersônico que fez o mais longo voo desse tipo de tecnologia. O X-51A Waverider foi lançado da asa de um avião B-52, impulsionado por um míssil.
    Depois que o motor ramjet foi acionado, o X-51A voou durante 200 segundos, alcançando uma velocidade de Mach 5. O recorde norte-americano de voo dessa nova tecnologia era de 12 segundos, alcançado pelo X-43. O recorde de velocidade de um avião hipersônico pertence ao australiano HyCause.
    O teste, o primeiro de uma série de quatro planejados, marca o primeiro uso de um motor do tipo scramjet (estatojato) em voo queimando combustível à base de petróleo. O X-43A era movido a hidrogênio.
    “Nós qualificamos esse salto na tecnologia de motores como equivalente ao salto pós-Segunda Guerra, quando passamos dos aviões de motor a pistão para os aviões a jato,” afirmou Charlie Brink, gerente do projeto do avião hipersônico.
    Os quatro protótipos, todos qualificados como X-51A, foram construídos pelas empresas Pratt & Whitney Rocketdyne e Boeing.
     O voo hipersônico, normalmente definido como começando em Mach 5 – cinco vezes a velocidade do som – apresenta desafios técnicos, relacionados principalmente com calor e pressão, que tornam impraticável o uso das tradicionais turbinas.
    O gerente do programa comparou a ignição e o funcionamento contínuo de um motor hipersônico com riscar um fósforo no meio de um furacão e mantê-lo aceso. “Este primeiro voo foi o ponto alto de um esforço de seis anos de uma equipe pequena mas muito talentosa,” disse Brink. “Agora vamos voltar e realmente esmiuçar nossos dados. Nenhum teste é perfeito, e eu estou certo de que iremos encontrar anomalias que precisarão ser resolvidas antes do próximo voo.”
    Os engenheiros esperam que os testes e o desenvolvimento dos motores hipersônicos possam lançar as bases das tecnologias de nova geração para acesso ao espaço.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=aviao-hipersonico&id=010170100531